A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) propõe 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), segundo a ONU, é assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos (ODS 6).
Os indicadores desta ODS são:
6.1.1 – Proporção da população que utiliza serviços de água potável gerenciados de forma segura.
6.2.1 – Proporção da população que utiliza (a) serviços de saneamento gerenciados de forma segura e (b) instalações para lavagem das mãos com água e sabão.
6.3.1 – Proporção de águas residuais tratadas de forma segura.
6.3.2 – Proporção de corpos hídricos com boa qualidade ambiental.
6.4.1 – Alteração da eficiência no uso da água ao longo do tempo.
6.4.2 – Nível de stress hídrico: proporção das retiradas de água doce em relação ao total dos recursos de água doce disponíveis.
6.5.1 – Grau de implementação da gestão integrada de recursos hídricos (0-100)
6.5.2 – Proporção das áreas de bacias hidrográficas transfronteiriças abrangidas por um acordo operacional para cooperação hídrica.
6.6.1 – Alteração na extensão dos ecossistemas relacionados a água ao longo do tempo.
6.a.1 – Montante de ajuda oficial ao desenvolvimento na área da água e saneamento, inserida num plano governamental de despesa.
6.b.1 – Proporção das unidades administrativas locais com políticas e procedimentos estabelecidos e operacionais para a participação das comunidades locais na gestão de água e saneamento.
Fonte: IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (https://www.ipea.gov.br/ods/ods6.html)
A partir do indicador 6.4 o Brasil fixou como meta até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores, assegurando retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez.
O Relógio de Escassez de Água acompanha a disponibilidade hídrica mundial:
Isso porque, do total de água existente no Planeta Terra, 97,5% são de água salgada e apenas 2,5% de água doce – sendo boa parte desta última em geleiras, águas subterrâneas e apenas 0,3% em rios, lagos ou na atmosfera.
No meio dessas dimensões está o Semiárido brasileiro, considerada a região semiárida mais chuvosa do mundo, com uma precipitação pluviométrica anual igual ou inferior a 800 mm e um percentual diário de déficit hídrico igual ou superior a 60%, considerando todos os dias do ano.
Com o lançamento do Projeto NUTEA – Núcleo Temático de Estudos Aplicados às Questões Hídricas do Bioma Caatinga, esse tema recebe foco especial no levantamento de estratégias para seu enfrentamento.