Evento online lançou oficialmente o Projeto Nutea que visa mapear o ecossistema dentro do Semiárido

O Projeto Nutea tem como objetivo desenvolver estratégias de previsão tecnológica para as questões hídricas do Bioma da Caatinga. O projeto tem duração de 36 meses e é coordenado pelo INSA- Instituto Nacional do Semiárido.

A escassez dos recursos hídricos gera instabilidade agropecuária, insegurança de produção, de abastecimento, de água potável, saneamento básico e de saúde pública. Tudo isso reflete na vulnerabilidade do crescimento sustentável e na intensificação do desequilíbrio social. É um quadro de casos gradativo. Neste aspecto, a ciência e a pesquisa têm um papel importante na busca de soluções para os desafios sociais. Precisamos de uma análise estratégica da situação dos recursos hídricos, assim de que sejam fundamentados planos de desenvolvimento socioeconômico com segurança e perspectiva social.

O Projeto Nutea tem como objetivo desenvolver estratégias de previsão tecnológica para as questões hídricas do Bioma da Caatinga. O projeto tem duração de 36 meses e é coordenado pelo INSA- Instituto Nacional do Semiárido. O estudo final trará três divisões: a provável, a possível e a desejável. O estudo chama-se futurismo/ Foresight e visa antecipar, acelerar e influenciar futuros preferidos. O estudo tem como fonte o Plano Nacional de Recursos Hídricos e para pôr em prática esta atuação, estamos recrutando especialistas no tema ÁGUA ou Recursos Hídricos, ou você que é ou faz parte de uma importante instituição que promove o desenvolvimento deste tema no semiárido, para fazer parte do Projeto Nutea. Queremos ter membros da Hélice Quadrupla do Semiárido Brasileiro contribuindo com essa perspectiva futura: Governo, Academias e ICTs, Empresas do setor privado e Sociedade civil organizada.

No lançamento oficial do Projeto, a Diretora do INSA, Mônica Tejo ressaltou como será feito este roadmap das águas, para que possamos ter um mapeamento geral do ecossistema dentro do Semiárido , além disso, destacou a importância de reunirmos os atores que estudam a temática água, saneamento, uso e reuso, captação, entre outros temas, para que possamos fazer uma sistematização dessas tecnologias aplicadas que forneçam subsídios necessários para aplicação de recursos futuros em projetos, linhas de pesquisas prioritárias, objetivos estratégicos e tenhamos indicadores relacionados às questões hídricas de abrangências nacional.

O Secretário de Empreendedorismo e Inovação no MCTI, Paulo Alvim reforçou a importância do tema que vai contribuir com o trabalho de Águas Brasileiras. “A água é vida e não existe desenvolvimento sustentável sem água, por isso estamos trabalhando com esta temática no Semiárido e na Amazônia.”
Ele destacou também que com Ministério está sendo trabalhado uma quebra de paradigmas de fazer com que as pesquisas, as ideias e a busca de conhecimento sejam tratadas como projetos, para gerar impactos na sociedade e beneficiar pessoas.

O Nutea é um grande projeto guarda-chuva para trabalhar o tema águas no semiárido através da criação de um sistema em rede de atuação envolvendo os 10 estados do Semiárido Brasileiro. O Diretor do Departamento de Tecnologias Estruturantes no MCTI, Eduardo Soriano ressaltou que o Bioma Nordeste tem muito potencial e tem também um elemento crítico na sua exploração que é água. “Se conseguirmos viabilizar a questão da água de boa qualidade, quantidade e bem localizada, podemos explorar todo esse potencial.”


O evento de lançamento contou com autoridades do país, que estão envolvidas em estudos, pesquisas, governo e tecnologia, todos falaram da ótima iniciativa do projeto e da relevância do tema, trouxeram dados sobre a situação atual da água no país, desta visão de onde estamos e aonde queremos chegar no ano de 2031. A rede de pesquisa constituída por ICT e setor privado do Semiárido, irá elaborar um roadmap e disponibilizar um portfólio de tecnologias aplicadas na qualidade, distribuição, captação, tratamento e saneamento da água em plataforma digital.

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