Água Tech: como a tecnologia pode impactar os recursos hídricos
A tecnologia já faz parte da vida de todos faz algum tempo, mas com a pandemia do novo corona vírus ela se tornou essencial para muitas pessoas. Por exemplo a internet com os trabalhos home office, a necessidade de se reinventar e trazer a inovação para sua área de atuação.
A tecnologia já faz parte da vida de todos faz algum tempo, mas com a pandemia do novo coronavírus ela se tornou essencial para muitas pessoas. Por exemplo a internet com os trabalhos home office, a necessidade de se reinventar e trazer a inovação para sua área de atuação, que tem a tecnologia como uma grande aliada, e a Indústria 4.0, que veio para revolucionar.
A tecnologia permite um trabalho mais eficaz, pois com a utilização correta dos recursos pode contribuir para redução de custos. Já observamos em nosso dia a dia a substituição de tarefas cognitivas e manuais por ferramentas avançadas que permitem aos trabalhadores assumirem funções mais eficazes e menos rotineiras, por isso os profissionais necessitam desenvolver novas habilidades (IBEC, 2017) e se reinventar para usar a tecnologia a seu favor.
No setor de água e saneamento isto não é diferente. Atualmente temos vários recursos tecnológicos que nos permitem fazer uma análise mais minuciosa e eficiente do cenário e propor soluções com antecedência. A tecnologia aplicada para esses setores tem evoluído rapidamente, vamos ver alguns exemplos interessantes!
Água Tech: tecnologia a favor da água
Tecnologia em prol da Amazônia: as notícias sobre as cheias dos rios da região amazônica estão constantemente nas mídias. Os níveis subiram tanto que são os maiores em 100 anos e isso atinge diretamente a população, principalmente as ribeirinhas que têm suas casas invadidas pela água, além de risco a saúde devido ao lixo que essa água pode carregar consigo (INSTITUTO ÁGUA SUSTENTÁVEL, 2021). O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) tem feito um trabalho aliado à tecnologia para registrar o nível dos rios em bacias hidrográficas e auxiliar pesquisadores.
De acordo com uma matéria publicada pela Superinteressante em 2021, a Engenheira Ambiental Luna Gripp é uma das pesquisadoras que usa a tecnologia em prol da Amazônia: ela recebe os dados das estações de medição da Amazônia diariamente e prepara boletins semanais sobre os níveis de chuva e cheia dos rios, mas a principal forma de coleta de dados é ainda manual, “um morador local mede o nível da água usando uma régua fixada no leito do rio. Ele anota os dados em um caderno e depois envia para a equipe de Luna. Para a chuva, é utilizado um recipiente em forma de copo que capta e armazena água, chamado pluviômetro. A pesquisadora conta que há moradores que realizam a mesma tarefa, todos os dias, há mais de 40 anos”.
Esses dados são completados com informações de tecnologia de ponta, tais como sensores de níveis instalados nos rios, pluviômetros automáticos que transmitem as informações coletadas para satélites e imagens de satélites e formam uma base de dados gigantesca e riquíssima que dão base para criar planos e sistemas de alertas para mitigar cheias e secas.
Membranas filtrantes de água: antigamente, era comum que essa fase do tratamento de água fosse realizada com grandes filtros de areia, mas hoje observa-se um movimento para a operação com membranas.“Apesar de ainda apresentar um alto custo de implantação, esse tipo de tecnologia reduz de maneira considerável a área ocupada pelas Estações de Tratamento de Água (ETAs)” (SANEAMENTO EM PAUTA, 2019).
Projeto QuenchSea: é um gadget que dessaliniza a água do mar, parece uma garrafa e pesa 1,5 kg. Nele coloca-se um litro de água e gira uma manivela, a água passa por três filtros que removem sal, vírus, bactérias e microplásticos e deixam a água 100% potável e pode ser ingerida (CICLO VIVO, 2020). É um produto de baixo custo e permite acesso à água limpa para mais pessoas: mais uma vez a tecnologia ajudando a população mais vulnerável (OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO PARA CIDADES SUSTENTÁVEIS).
Recuperação de canais de corais: pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desenvolveram uma tecnologia que possibilita pegar um pedacinho de coral que já está com 50% do tecido morto e cultivá-lo artificialmente para que ele se recupere.
De acordo com a Superinteressante (2021) o dispositivo “é um pedaço de material biodegradável fabricado por impressora 3D com o formato exato para abrigar um pedaço de coral e o nome dessa peça, por abrigar uma mudinha, é berço. Depois, os berços são inseridos em uma estrutura maior, que fornece as condições ideais para esses cnidários prosperarem”. As vantagens da técnica são: simplicidade, é barata e pode controlar o desempenho do animal cultivado com métricas exatas.
Redução de perdas de água tratada: um grande problema enfrentado no país é o desperdício de água devido à ineficiência da rede de distribuição, que apresenta vazamentos e falta de manutenção. A detecção desse tipo de problema tem sido feita com equipamentos bastante tecnológicos, que utilizam sensores de pressão, sistemas acústicos e até imagens via satélite. Adicionalmente, a análise dos algoritmos gerados pelos equipamentos de monitoramento possibilita localizar as irregularidades da rede e efetuar os consertos para diminuir o desperdício (SANEAMENTO EM PAUTA, 2019).
A tecnologia, como vimos, é uma grande aliada, porém algumas vezes pode ocasionar um grande problema. Um exemplo disso ocorreu em fevereiro na cidade de Oldsmar, na Flórida, os computadores do sistema de tratamento de água foram invadidos e aumentaram o nível de hidróxido de sódio (soda cáustica, usada numa das etapas de descontaminação da água) para níveis perigosos, de 11 mil partes por milhão (o padrão é 100 ppm). Essa água se ingerida poderia levar à morte, invasão foi detectada e rapidamente a empresa de saneamento da cidade desfez a alteração (SUPERINTERESSANTE, 2021). Em 2019, ocorreu um caso parecido em Ellsworth, no Kansas.
Lembre-se sempre que o mundo precisa de água, sendo a tecnologia uma importante aliada para levar água de qualidade para todos! Saiba mais sobre água e tecnologia no nosso artigo sobre inovação e água.
FONTE: Instituto Água sustentável- Site
Deixe um comentário